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Já contando com a participação do Banco Real em suas operações, o Grupo Santander anunciou ontem um lucro de R$ 2,8 bilhões em 2008, uma alta de 3,7% sobre os resultados de 2007, que ficaram em R$ 2,7 bilhões.
No resultado consolidado do ano passado, considerando vendas em participação de empresas e carteira própria, o grupo sofreu uma perda de 40% de ano a ano, de R$ 4,6 bilhões em 2007 para R$ 2,7 bilhões.
Apesar das dificuldades do sistema financeiro no ano passado e as previsões de retração em 2009, o Santander garantiu manter seu plano estratégico para o Brasil, anunciado em outubro de 2008, “de investir nos próximos dois anos mais R$ 2,5 bilhões e de reforçar sua área comercial”, segundo comunicado emitido pelo Grupo.
O destaque do período foi o crescimento da carteira total de crédito da entidade, que chegou a R$ 139,4 bilhões, expansão de 24,5%. O saldo para pessoa jurídica, que responde por 54% do estoque total, cresceu 31% em 2008 e chegou a 75,4 bilhões. Pessoa física teve um incremento de 18,5%, a R$ 58,4 bilhões. Segundo a instituição, os segmentos de cartões de crédito, com uma alta de 32,4%, a R$ 7 bilhões, e financiamento imobiliário – com crescimento de 29,6% (R$ 4,5 bilhões – foram os grandes destaques do financiamento à indivíduos no ano. Os produtos de veículos (CDC leasing) e consignado cresceram 10,9% e 12,7%, respectivamente.
Com o foco nas operações de empréstimos a clientes, o banco elevou suas provisões a 34,4%, sem no entanto informar o valor anterior.
Outro grande responsável pela evolução nas receitas, segundo a instituição, foi a evolução de 34,9% dos depósitos, para R$ 124 bilhões, com destaque para a poupança, que cresceu 21,7%, a R$ 20,6 bilhões, e depósitos a prazo, que atingiram R$ 86,2 bilhões, 49,9% superior a 2007.
Ainda segundo o banco espanhol, a margem financeira cresceu 4,4%, atingindo R$ 18,8 bilhões, e as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias tiveram um acréscimo de 3,6%, alcançando um montante de R$ 8,1 bilhões, “em um ano de menores oportunidades de mercado, como consequência da crise global”, diz a nota. O banco teve um crescimento de 14,1% em seus ativos totais, chegando a R$ 314 bilhões, quarta posição no ranking nacional por ativos. O líder, Itaú Unibanco, possuía R$ 575 bilhões em sua última divulgação de balanço.
O Grupo Santander Brasil se considera “bem posicionado em segmentos importantes do mercado bancário, possui excelente infraestrutura tecnológica, ampla rede de agências e funcionários motivados e qualificados”.
Com a incorporação do Real, o grupo chegou a mais de 8,5 milhões de correntistas ativos ao fim do ano passado, uma rede de 3.592 pontos-de-venda e 18.115 terminais de autoatendimento, com foco nas Regiões Sul e Sudeste. As despesas do grupo sofreram uma alta de 6,2%, incluindo as despesas administrativas e de pessoal.
Santander
Em sua demonstração de resultados consolidada, publicada em seu site, o banco Santander teve uma queda de 13% em seu lucro líquido consolidado, de R$ 1,845 bilhões em 2007 para um total de R$ 1,598 bilhões no ano passado.
Em operações de tesouraria, com títulos e valores mobiliários, o banco conseguiu uma alta de 34%, atingindo R$ 7,737 bilhões, contra R$ 5,753 bilhões em 2007.
O banco ainda informa uma perda de R$ 3,563 bilhões com instrumentos derivativos financeiros. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, na linha de resultado de instrumentos derivativos “está registrada as operações do banco para minimizar os riscos em sua exposição global (clientes, carteira própria, capital, etc). A contrapartida destes valores (efeito positivo) está refletida em outras linhas da demonstração de resultados onde as operações objeto de hedge estão registradas”. O Santander ainda informa não disponibilizar detalhes destas aberturas, mas garante que “não temos mais problemas com isso. As operações de derivativos foram pagas ou foram roladas”, diz em comunicado.
O Grupo Santander, contando com a participação do banco Real, registrou um lucro líquido recorrente de R$ 2,8 bilhões no balanço de 2008, uma alta de 3,7% sobre 2007, que ficara em R$ 2,7 bilhões. No consolidado do ano, considerando vendas em participação de empresas e carteira própria, o grupo sofreu uma perda de 40%, de R$ 4,6 bilhões em 2007 para R$ 2,7 bilhões.
Apesar das dificuldades do sistema financeiro e das previsões de retração em 2009, o Santander garantiu manter seu plano estratégico para o Brasil, anunciado em outubro de 2008, “de investir nos próximos dois anos mais R$ 2,5 bilhões e de reforçar sua área comercial”, segundo comunicado do grupo.
O destaque do período foi o crescimento da carteira total de crédito da entidade, que chegou a R$ 139,4 bilhões, expansão de 24,5%. O saldo para pessoa jurídica, que responde por 54% do estoque total, cresceu 31% em 2008 e chegou a 75,4 bilhões. Pessoa física teve um incremento de 18,5%, a R$ 58,4 bilhões.
Já sua matriz, o maior banco da Espanha, anunciou um aumento de 9,4% no lucro líquido de 2008, para 8,876 bilhões de euros. O resultado inclui despesa de 500 milhões de euros para compensações a clientes que perderam dinheiro com o caso de fraude Bernard Madoff.
O Deutsche Bank, maior banco da Alemanha, confirmou ontem seu primeiro prejuízo desde a Segunda Guerra: 4,8 bilhões de euros (US$ 6,17 bilhões) no quarto trimestre de 2008, e 3,9 bilhões de euros no ano.
Veículo: DCI