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A Associação Brasileiras das Empresas de Leasing (Abel) escolheu ontem como novo presidente para os próximos três anos Osmar Roncolato, diretor do Bradesco. Ele substitui Rafael Cardoso, que assume assento no Conselho Deliberativo da entidade. Como vice-presidente, entra Marco Ambrogio Bonemi. Antônio Bornia continua como presidente do Conselho Deliberativo.
Rocolato faz parte da diretora da Abel há mais de dez anos e assume num dos melhores momentos da modalidade. O arrendamento mercantil vem ganhando cada vez mais importância no mercado e desde meados de 2008 passou a ser a linha que mais fomenta a venda de veículos para pessoas físicas.
Foi também a operação financeira com maior expansão no ano passado. O saldo para pessoas físicas atingiu R$ 57,3 bilhões, com crescimento de 84,1%, segundo dados do Banco Central. Para empresas, o avanço foi de 49,9%, chegando a R$ 55,7 bilhões em dezembro do ano passado.
Apesar do desempenho positivo, Roncolato disse que irá trabalhar para uma evolução ainda maior da modalidade. Para cumprir esse objetivo, a Abel prepara um projeto de lei a ser apresentado ao Congresso para que haja um marco regulatório do setor. “É preciso dar condições e viabilidade para que o leasing seja efetivamente reconhecido como um instituto, para poder contribuir para a modernização do parque industrial brasileiro”, afirma o executivo.
Na associação, também irá enfrentar problemas, como um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da incidência do ISS nas operações de leasing. O primeiro voto, do ministro Eros Grau, foi favorável à incidência. A Abel também luta contra a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que poderia ser cobrado, de acordo com a
Medida Provisória nº 449, de 3 de dezembro de 2008, em operações cujo valor total financiado ultrapasse 75% do custo do bem.
Outra dificuldade que Roncolato terá pela frente é a crise econômica. Segundo ele, o impacto nas operações de leasing vai depender da capacidade de recuperação da economia nacional. “Se analisarmos pela perspectiva de crescimento do PIB, enquanto a Europa e as principais economias do mundo trabalham com expectativa de crescimento zero, projetamos crescimento entre 1,5% e 2%. O Brasil está em uma situação relativamente privilegiada.”
Veículo: Valor Economico