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Retorno de IPI pode aumentar demanda por crédito a veículos

A previsão de retorno gradual da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre veículos, a partir do último trimestre, não irá alterar a previsão de expansão da carteira total de crédito da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef). A entidade acredita que a volta da alíquota pode trazer algum benefício para o setor que concede crédito.

“Com a alíquota, o preço sobe e irá demandar mais financiamentos. O cenário está adequado, com juros em um patamar dentro do aceitável e com o retorno de prazos mais longos nos empréstimos”, acredita o presidente da Anef, Luiz Montenegro.
 
Apesar dessa visão positiva, Montenegro diz que a volta do IPI ainda é um jogo de xadrez, em que é “difícil dizer quem ganha”, segundo ele. “Pode haver alguma retração da demanda, porém não acredito nisso. Deverá ter algum planejamento de compra adiantado em setembro, mas não creio que isso irá afetar o último trimestre”, diz o executivo.
 
A entidade espera um crescimento total entre 10% e 15% em 2009. Assim, o saldo da carteira, que chegou a R$ 150 bilhões em julho, poderia encerrar o ano em até R$ 160 bilhões.
 
Segundo as últimas estatísticas da associação, o acumulado das carteiras de Crédito direto ao Consumidor (CDC) e de leasing, para financiamento de veículos a indivíduos, cresceu 12,3% em julho, em relação ao mesmo mês de 2008, passando de R$ 132,9 bilhões para R$ 149,4 bilhões. Nesse período,leasing teve um crescimento de 33,5%, a R$ 65,5 bilhões, enquanto o CDC ficou estável em R$ 83,9 bilhões.
 
Dessa forma, o crédito destinado à aquisição de veículos chegou a uma representatividade de 33,8% dos empréstimos para a pessoa física e atingiu 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo a associação, o plano máximo disponibilizado pelos bancos aos consumidores para financiamento de veículos passou de 72 para 80 meses, entre julho de 2008 e de 2009.
 
A inadimplência e a taxa de juros registraram uma retração no período de 12 meses. A primeira, nas operações de CDC, chegou a 5,3% em julho, ante 5,5% no ano passado.
 
Já em relação às taxas, a média mensal praticada pelas associadas à Anef, em julho, foi de 1,49% contra 1,75% em igual período de 2008. Da mesma forma, as taxas médias do mercado em geral ficaram em torno de 2,01% ao mês e 2,43%, respectivamente, diz a associação.
 
 

Veículo: DCI