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O discurso de Afrânio Chueire, diretor executivo para a América Latina da fabricante chinesa de máquinas para construção SDLG, contrasta com o de seus pares. Segundo ele, a empresa não tem planos nem estuda a possibilidade de produzir no Brasil, seja no curto, no médio ou longo prazo. “A questão não é massa crítica. Hoje, somos líderes em pás-carregadeiras”, afirma. “Na China, de onde abastecemos o mundo, temos uma escala e condições de produção que não teremos aqui”.
Só de pás-carregadeiras, a companhia produz anualmente na Ásia mais de 30 mil unidades, volume superior a todo o mercado brasileiro de máquinas da chamada linha amarela, referência à cor em que são pintados os equipamentos usados no mercado de construção.
Especializada em equipamentos com pouca eletrônica embarcada, vendidos a preços que são em média entre 30% e 35% inferiores ao de máquinas mais sofisticadas, a companhia tem se voltado aos clientes para os quais sistemas sofisticados, como o de localização e envio de informações operacionais por satélite, são dispensáveis. É o caso de areeiros, de empresas concreteiras, olarias, construtoras de estradas e de movimentação de fertilizantes, por exemplo. “São necessidades diferentes das de uma mineradora, por exemplo, que têm máquinas em áreas remotas, trabalhando 24 horas por dia, que enviam informações para uma central de controle a milhares de quilômetros de distância”, diz Chueire.
Veículo: Brasil Econômico – 12/09/2011