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Para Cypriano, Bradesco pode voltar à liderança em 5 anos

Para o Bradesco, a retomada da liderança no ranking por ativos no País é uma questão de tempo. Para isso, a instituição, que vê um cenário para aquisições já bastante enxuto hoje em dia, aposta na sua capacidade de crescimento orgânico. Segundo o presidente da entidade, Márcio Cypriano, o retorno ao primeiro posto deve acontecer em um prazo médio de aproximadamente 5 anos.

A declaração foi feita durante a apresentação de resultados da instituição, que teve uma queda de 5,4% no lucro líquido ajustado do quarto trimestre em relação ao trimestre anterior, a R$ 1,806 bilhão. No ano, a alta foi de 5,75%, com um lucro líquido ajustado de R$ 7,625 bilhões.
 
Para Cypriano, a liderança está no “DNA” da instituição. “Não vejo dificuldades para o banco recuperar essa posição. Temos uma escala muito grande e uma equipe comprometida.” A liderança foi perdida com a fusão entre Itaú e Unibanco, que possuía R$ 575 bilhões em ativos ao fim do terceiro trimestre de 2008, enquanto o Bradesco divulgou um total de ativos de R$ 454,4 bilhões ao fim de 2008, um crescimento de 7,5% no trimestre e 33,2% no ano. Ele afirmou, ainda, que, hoje, não há mais espaço para a consolidação bancária. “Pode ser que haja alguma coisa pontual, porém é pouco provável. Hoje, o mercado está enxuto e não há boas operações que agreguem valor para o acionista.” O executivo também disse que a instituição não está estudando nenhuma oportunidade no momento.
 
Além da união entre Itaú e Unibanco, o Banco do Brasil adquiriu a Nossa Caixa e metade do banco Votorantim.
 
“O banco tem de crescer com responsabilidade e paulatinamente”, acredita o presidente do Bradesco.
 
Seguindo essa filosofia, a instituição espera que sua carteira de crédito cresça cerca de 15% acima do mercado, que espera ficar em 13%. A carteira total da instituição encerrou 2008 com R$ 215,345 bilhões, 33,4% superior a 2007, que estava em R$ 161,407 bilhões.
 
Segundo o vice-presidente executivo da instituição, Milton Vargas, essa expansão estará com o foco principalmente nas empresas. “Os IPOs [ofertas iniciais de ações] pararam e os recursos no exterior estão escassos, então as empresas irão se voltar ao financiamento bancário.” A instituição espera um crescimento entre 14% e 18% na pessoa jurídica, que encerrou o ano passado com um saldo de R$ 141,577 bilhões, ante R$ 102,130 bilhões ao fim de 2007, um crescimento que chegou a 38,6%.
 
Da expansão esperada, o financiamento às pequenas e médias empresas deve crescer entre 15% e 19% e, às grandes empresas, entre 13% a 17%. Já para a pessoa física, o crescimento esperado é na ordem de 11% a 15%. A carteira total da entidade no segmento é de R$ 73,768 bilhões, 24,4% superior à de 2007.
 
Para o crédito à indivíduos, a instituição enxerga uma grande oportunidade no financiamento à veículos. “Sem a política do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no leasing, a linha ficou mais competitiva. Além disso, veículos e crédito consignado representam, juntos, dois terços do crédito ao consumo e representam um menor risco”, afirmou Vargas.
 
O banco espera um crescimento de 9% a 16% em veículos, enquanto o consignado deve crescer entre 18% e 27%. Para o crédito imobiliário, a instituição espera uma queda na originação, de R$ 6 bilhões no ano passado, para R$ 5 bilhões neste ano, o que deve influir nos financiamentos. “O nível está um pouco abaixo, porém ainda vemos o mercado aquecido”, acredita o vice-presidente do Bradesco.
 
Além disso, não é só no crédito em que o Bradesco aposta para alcançar o crescimento orgânico desejado. A instituição pretende investir R$ 3,6 bilhões em infraestrutura e informática – 30% a mais que o investido no ano passado, R$ 2,7 bilhões -, inaugurar 174 novas agências e conta com abertura de 1,3 milhão de contas. Em 2008, o Bradesco abriu 196 agências, credenciou 8.200 correspondentes bancários e abriu 1,7 milhão de novas contas.
 
Sobre a inadimplência, a instituição acredita em uma piora do cenário macroeconômico. Por isso, realizou um aumento de provisão, que estava em aproximadamente R$ 1,2 bilhão, na ordem de R$ 600 milhões. Apesar desse incremento, Milton Vargas espera que o crescimento do índice seja em patamares “razoáveis”. Vai depender da manutenção de empregos e renda e também da capacidade de pagamento das empresas, diz Vargas. “Mas temos confiança que o País sairá da crise fortalecido e as empresas precisam se manter adimplentes para retomar o crescimento.”
 
Em captações, a instituição conseguiu funding principalmente via depósitos à vista, poupança e Certificado de Depósito Bancário (CDB), que somaram R$ 199,933 bilhões. Além desse montante, o banco conseguiu outros R$ 19,249 bilhões por meio de dívida subordinada durante o ano passado.
 
O Bradesco espera retomar a liderança entre os bancos particulares em um prazo de cinco anos. Segundo o presidente da instituição, Márcio Cypriano, o objetivo deve ser alcançado sem que seja necessário fazer aquisição, já que o mercado está enxuto para esse tipo de negócio, após a incorporação do Unibanco pelo Itaú e a compra de metade do Banco Votorantim pelo Banco do Brasil.
 
O Bradesco teve uma queda de 5,4% no lucro líquido ajustado do quarto trimestre em relação ao trimestre anterior, a R$ 1,806 bilhão. No ano, a alta foi de 5,75%, com lucro líquido ajustado de R$ 7,625 bilhões, sem contar os efeitos de operações extraordinárias. No resultado contábil, houve uma queda de 4,9% em relação a 2007.
 
Para Cypriano, a liderança está no DNA da instituição. “Não vejo dificuldades para o banco recuperar essa posição. Temos uma escala muito grande e uma equipe comprometida.” A liderança foi perdida com a fusão entre Itaú e Unibanco, que possuía R$ 575 bilhões em ativos ao fim do terceiro trimestre de 2008, enquanto o Bradesco divulgou um total de ativos de R$ 454,4 bilhões ao fim de 2008, um crescimento de 7,5% no trimestre e de 33,2% no ano.
 
Ele afirmou, ainda, que, hoje, não há mais espaço para a consolidação bancária. “Pode ser que haja alguma coisa pontual, porém é pouco provável. Hoje, o mercado está enxuto e não há boas operações que agreguem valor para o acionista.” Ele afirma ainda que o Bradesco não estuda aquisições no momento.
 
 
   

Veículo: DCI