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Especializado no financiamento para pessoas físicas, o Banco PanAmericano, do grupo Silvio Santos, resolveu entrar no crédito para pessoa jurídica, especificamente pequenas e médias empresas (middle market). Com esse objetivo, contratou José Geraldo Dontal, com 35 anos de experiência na área, nos bancos JBS, que ajudou a montar, Rural, Safra e Unibanco.
A tarefa de Dontal é fechar o ano com uma carteira de R$ 500 milhões a R$ 600 milhões em crédito para empresas, o que significa multiplicar por seis a sete vezes a atual de apenas R$ 80 milhões.
Para chegar a isso, o PanAmericano vai oferecer crédito para capital de giro, antecipação de recebíveis, operação com domicílio bancário e direitos creditórios. O PanAmericano já tem duas plataformas de atendimento a empresas em São Paulo e vai abrir mais duas.
Cerca de 100 pessoas, principalmente gerentes comerciais, serão contratadas.
Também programou a instalação de plataformas de middle market em outras capitais e grandes centros (Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, Campo Grande e Recife). Dentro de cinco anos, pretende ter 500 pontos de venda, disse Dontal.
A entrada nos negócios com empresas, disse Dontal, é consequência da decisão de diversificar a área de atuação. “O banco está capitalizado e quer desenvolver um mercado em que não operava”, disse Dontal. Além disso, o PanAmericano aposta no segmento: “O pior da crise já passou e quem faz o consumo é a empresa média”, acrescentou. O PanAmericano abriu o capital em 2007 e seu patrimônio líquido atingiu em R$ 1,468 bilhão em março.
O diretor superintendente do PanAmericano, Rafael Palladino, disse em nota que o middle market “proporciona melhores margens de retorno no curto prazo e cujo risco é minimizado com uma análise de crédito criteriosa e com uma boa formalização das operações e garantias”.
O PanAmericano fechou o primeiro trimestre com lucro líquido consolidado de R$ 70,9 milhões, praticamente anulando prejuízo de R$ 74,3 milhões registrado no último trimestre de 2008. O lucro da controladora, que exclui cessões, foi de R$ 17,5 milhões, 82,3% maior que o do trimestre anterior.
Ao final do primeiro trimestre, o PanAmericano retomou o ritmo de concessão de crédito, afetado no fim de 2008 pelo aperto de liquidez ocasionado pela crise internacional. Considerando as cessões, a carteira de crédito total da instituição atingiu R$ 8,8 bilhões em março. A maior parte (63,6%) é de veículos (CDC e leasing). O banco também faz consignado (21% da carteira total) e financiamento a cartões (11,6%).
Veículo: Valor Economico