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O Banco Central aumentou sua caixa de ferramentas para lidar com um mundo que escapou da normalidade. No cenário internacional, à excessiva liquidez associa-se o risco real de estagflação em algumas economias europeias. E há países com regime de câmbio inflexível, como a China. Internamente, a taxa de câmbio descolou dos fundamentos e são fortes as pressões inflacionárias. A variação do IPCA em 12 meses será elevada durante todo o primeiro semestre, ajudando a piorar as expectativas. Só a partir daí é que a inflação deve começar a ceder.
Frente a esses novos problemas, o BC tem o foco em dois objetivos: preservar a estabilidade monetária e a estabilidade financeira. Para manter a inflação sob controle, continuará usando a taxa básica de juros. O Copom elevou a Selic para 11,25% ao ano em janeiro, dando início ao ciclo de aperto monetário. Para assegurar a estabilidade financeira, prosseguirá com medidas macroprudenciais.
Veículo: Valor – 02/02/2011