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Varejistas, companhias aéreas e de navegação vão ter que assumir bilhões de dólares de passivos nos seus balanços como resultado de uma reforma radical na contabilidade de arrendamentos proposta por reguladores americanos e internacionais.
Sob as novas regras, os passivos de muitas companhias vão crescer à medida que elas serão forçadas a registrar nos balanços bens alugados como aviões, navios, lojas e até fotocopiadoras. Na média, as mudanças aumentam em 58% o peso da dívida total de uma companhia, de acordo com a auditoria PwCe a Erasmus University.
Veronica Poole, sócia da firma de contabilidade Deloitte acredita que o impacto financeiro da norma proposta pode, sim, afetar cláusulas de dívida. “Muitas companhias, particularmente nestes tempos turbulentos, estão muito próximas dos limites acordados com os bancos”, disse.
As regras atuais permitem que alguns arrendamentos sejam classificados como operacionais, nos quais os ativos e passivos ficam fora das demonstrações financeiras. Outros são registrados como arrendamentos financeiros – ou de capital -, que aparecem nos balanços.
Em vez disso, os dois apoiam um enfoque unificado no qual os arrendadores registram os ativos com base no direito de uso do bem arrendado. O passivo refletindo pagamentos de aluguel futuros também entram na conta.
As mudanças propostas, que se aplicam a empresas que adotam as normas internacionais de contabilidade (IFRS) e as normas americanas (US Gaap), serão levadas a mais uma consulta pública antes de serem transformadas em regra em 2011.
Veículo: Valor 18/08/2010