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O volume das emissões de renda variável e de dívida em janeiro deste ano apresentou uma redução de 82,7% se comparado ao mesmo período do ano passado. Neste período as emissões de debêntures mostraram redução de 94,7%, enquanto as Notas Promissórias apresentaram um aumento de 113,5%. O destaque do mês ficou para os Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) que cresceram 676,8%. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (Anbid).
Em renda variável, até o momento não houve nenhuma emissão de ações. No mercado de renda fixa, as captações de longo prazo via emissão de debêntures, excluindo as emissões de leasing e empresas do setor financeiro, apresentaram aumento de 43,9%, comparado a janeiro do ano passado.
Para Marcelo de Faro, economista da Intra Corretora, o mês de janeiro foi atípico. “O mercado está aguardando o resultado do pacote de ajuda do governo americano, e também se haverá mais algum desdobramento da crise.” Para ele, esse cenário deve se manter em fevereiro, e até que alguma novidade importante for anunciada. “Ainda há uma expectativa sobre uma crise nas empresas de cartão de crédito. Além disso, é bom lembrar que a lei aprovada pelo Congresso americano prevê que 65% dos US$ 800 bilhões podem ser liberados até o final de 2010. Ou seja, a recuperação acontecerá de forma gradual, e isso também valerá para o mercado”, afirma.
Desempenho Bovespa
Segundo balanço da BM&F Bovespa, o volume total de negócios no mercado a vista no mês de janeiro deste ano foi de R$ 70 bilhões, contra um volume de R$ 72,5 bilhões referente ao mês anterior. No período de janeiro de 2008 ao mesmo mês de 2009, o volume médio diário foi o pior já registrado, com movimentação financeira de R$ 3,5 bilhões.
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o primeiro mês do ano com valorização de 4,6%, aos 39.300 pontos.
Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, as ordinárias (com direito a voto) da TIM Participações esta com a maior lucratividade (37,47%) no ano. Por outro lado, as ações preferenciais da Votorantim Celulose e Papel apresentaram a maior queda do índice (-24,09%).
Veículo: DCI