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Máquinas e equipamentos ganharão espaço no leasing

A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 pode levar a uma maior diversificação da carteira da Associação Brasileira das Empresas de Leasing (ABEL). A expectativa do presidente da entidade, Osmar Roncolato Pinho, é de uma maior participação dos setores de máquinas e equipamentos, assim como equipamentos de informática no estoque total. “O grande produto de leasing ainda são os automóveis. Mas, em um cenário de crescimento econômico, já se pode imaginar uma representatividade maior dos outros setores.”

Atualmente, veículos e afins representam 88,5% da carteira, enquanto máquinas e equipamentos e equipamentos de informática somam outros 10%.
O Valor Presente da Carteira (VPC) chegou a R$ 114,743 bilhões, crescimento de 14,29% em relação a agosto de 2008, que estava em R$ 100,395 bilhões.
 
Apesar de Roncolato preferir não projetar um crescimento até o fim do ano, os números mostram um arrefecimento na expansão, uma vez que em junho deste ano, as operações de leasing vinham em um crescimento de 29%, em relação ao mesmo mês de 2008.
 
Além disso, o volume de novos negócios sofreu uma queda de 48,96% em comparação a agosto de 2008, a um R$ 3,494 bilhões. Em relação a arrendamentos a receber, pessoa física lidera, com 67,84% do volume total a receber, enquanto no mesmo período de 2008 esse setor representava 65,20% do total. O setor de serviços ficou em segundo lugar, com 14,80% do total a receber, contra 16,66% em 2008; indústria, com 8,02%; comércio, com 6,26%; e outros setores – profissionais liberais, pequenas empresas, firmas individuais, dentre outros -, com 1,06, e estatais, com 2,02%.
 
Em relação aos tipos de indexadores, os pré-fixados mantêm a preferência absoluta correspondendo a 94,95% dos novos negócios realizados no mês de agosto de 2009 contra 95,69% em 2008. Os contratos em dólar registram 0,04% do total contra 0,00% em 2008. Contratos em CDI, 3,30%; TJLP, 1,51%; TR, 0,00% e outros indexadores, 0,20%, contra 2,75%; 1,55%; 0,00% e 0,01% em 2008 respectivamente.
 
“Durante o processo de crise, o emprego estava em uma situação mais difícil, o que elevou o volume de compras a vista. No entanto, já há uma reversão desse quadro”, garante Roncolato. “Acreditamos na retomada do crédito em geral e do leasing, principalmente em veículos.”
 
Segundo ele, o terceiro trimestre já deve dar mostras desse fôlego maior. “Setembro ainda vem se confirmando em linha de crescimento e deve andar um pouco em relação a agosto.” O executivo também é otimista em relação ao último período do ano: “O quarto trimestre sempre puxa as operações, e esse crescimento deve ser muito consistente. Deve ser um período relativamente bom”.
 
Segundo dados da Associação Nacional das empresas Financeiras das Montadoras (Anef), as carteiras de CDC e leasing para pessoa física chegaram a R$ 151 bilhões em agosto, valor 12% maior do que registrado no mesmo período de 2008. Se comparadas a dezembro de 2008, as carteiras fecharam em R$ 139,1 bilhões, o crescimento foi de 8,5%.
 
Se analisados separadamente, o saldo das operações de leasing para pessoa física apresentou melhor resultado, 28,2% maior em relação a agosto de 2008, saltando de R$ 51,3 bilhões para R$ 65,7 bilhões; já o CDC cresceu 2,1%, indo de R$ 83,6 bilhões em agosto do ano passado para R$ 85,3 bilhões no mesmo período de 2009.
 
Com uma retomada do crédito, Roncolato não acredita em uma perda de espaço para o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) no mercado. “Não acredito em perda, pois ainda continua o processo de incidência do imposto sobre operações financeiras (IOF) adicional nas operações de financiamento.” A incidência de IOF sobre financiamentos sofreu aumento em janeiro do ano passado, sem atingir o arrendamento mercantil.Além disso, o presidente da associação acredita na procura por financiamento de veículos, mesmo com o fim dos benefícios do imposto sobre produtos industrializados (IPI) no setor.
 
 

Veículo: DCI