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Mantega quer juros básicos ainda menores

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que a economia já experimenta recuperação do crédito e previu uma redução ainda maior da taxa de juros básica da economia. “O crédito está melhorando, não ainda o desejado. Estamos lentamente recuperando o crédito. A taxa de juros está caindo, mas ainda não o necessário. Deverá cair mais para que o crédito seja alcançado por aqueles que precisam disso”, disse Mantega a jornalistas.

A taxa básica de juros foi reduzida novamente na semana passada em 1 ponto percentual e está em 10,25% ao ano. Mantega foi designado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser o porta-voz da reunião de coordenação política realizada ontem, quando os temas econômicos foram dominantes.
 
O ministro afirmou que a redução de imposto foi positiva e que esses setores estão reagindo bem. Nos últimos meses, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foi cortado para veículos e material de construção.
 
Ele descartou, no entanto, novas desonerações tributárias. “No momento nós não estamos cogitando novas reduções de IPI. Aquilo que tinha de ser feito foi feito”, disse Mantega.
 
O ministro ameaçou com veto presidencial a aprovação pelo Congresso da medida provisória que anistia e renegocia dívidas com a Receita Federal, mas não descartou uma negociação prévia. A MP 449, de autoria do
 
Executivo, pretendia anistiar devedores de até R$ 10 mil, mas em seu trajeto pelo Congresso foram acrescentadas renegociações dos débitos com a União que extrapolaram e ampliaram seu objetivo inicial. Ela foi aprovada pela Câmara e modificada pelo Senado, por isso retorna a votação dos deputados.
 
“O Ministério da Fazenda não deseja fazer um novo Refis (programa de recuperação fiscal). Essa é que é a verdade. Estamos buscando chegar a um ponto de equilíbrio de modo que a proposta que venha do Congresso não seja vetada por nós”, disse Mantega. “O limite da Fazenda é que não caia a nossa arrecadação em função desse novo Refis”, explicou. Em relação à anunciada mudança no cálculo da caderneta de poupança disse que ainda não há decisão, mas o governo tem em mente proteger os pequenos investidores. A sinalização é de que o rendimento cairá na poupança. O ministro Guido Mantega disse ainda que houve uma avaliação do atual momento econômico e que o governo está percebendo uma melhora da economia mundial e da brasileira.
 
 

Veículo: Gazeta Mercantil