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SÃO PAULO – O estoque de Letras de Arrendamento Mercantil (LAM) com registro na Cetip cresceu 97% entre abril de 2010 e o mesmo mês deste ano.
Esses papéis são emitidos pelas empresas que oferecem arrendamento mercantil, também conhecido como leasing, e foram criados em dezembro de 2008 para permitir uma fonte de captação que difere da emissão de debêntures.
Quem adere ao leasing paga uma espécie de aluguel para o uso de determinado bem, com a opção de poder comprá-lo ou não no final do período de duração do contrato.
No Brasil, é um instrumento comumente usado como alternativa de financiamento, e que não foi enquadrado pelas medidas macroprudenciais determinadas pelo Banco Central a partir de dezembro de 2010, que visavam restringir o crédito como um todo. Entre elas, estava a necessidade de valores maiores de entrada em financiamentos e maior exigência de capital dos bancos que oferecem crédito superior a 24 meses.
A partir de dezembro, quando começaram a vigorar as primeiras macroprudenciais, o ritmo de emissões de letras de leasing foi ainda mais forte, saltando de estoque próximo a R$ 600 milhões em janeiro deste ano para cerca de R$ 900 milhões no final de maio, valor que ainda não foi totalmente contabilizado.
Em abril, matéria do Valor mostrou que o leasing voltou a ser uma opção interessante para o financiamento de veículos em concessionárias na cidade de São Paulo, após aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de crédito para pessoa física de 1,5% para 3%.
Veículo: Valor – 01/06/2011