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Segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, publicada no final de semana, os leilões de concessões ferroviárias vão permitir a redução dos preços das tarifas em cerca de 30%, estima o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. El e está confiante de que esse modelo possibilitará tarifas mais baixas – os novos concessionários poderão cobrar como se elas já estivessem operando a plena carga.
Outro ponto importante destacado pelo presidente da EPL é abertura de um novo mercado no País, o de leasing de vagões e locomotivas. A previsão é de que haverá demanda para 50 mil novos vagões e 3 mil novas locomotivas, o que já está despertando o interesse de empresas estrangeiras.
A redução no custo do transporte chega num momento oportuno, pois a tendência é de alta no frete rodoviário, ressalta a reportagem do Estadão. A entrada em vigor da nova regulação sobre a jornada de trabalho dos caminhoneiros e a necessidade de renovação da frota vão puxar os preços para cima.
A previsão é de que as novas ferrovias só estarão concluídas em cinco anos, prazo que os novos concessionários terão para colocar as novas linhas em funcionamento. Mas há possibilidade de antecipação desse cronograma, diz o presidente da EPL. Quanto antes as linhas começarem a operar, mais cedo os concessionários começarão a faturar. Essa estratégia pode ser facilitada com a antecipação de 15% das receitas que o governo decidiu fazer. Além disso, as empresas podem colocar as linhas para operar conforme os trechos forem concluídos.
O programa de concessões prevê o leilão de trechos de ferrovias que já existem e hoje estão praticamente abandonadas, como é o caso das ligações entre Recife (PE), Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG), entre Vitória (ES) e Rio de Janeiro e entre São Paulo e Porto Alegre (RS).
Veículo: O Estado de São Paulo – 10/03/2013