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LeasePlan cresce 26% e aposta em aumento de rentabilidade no ano

Mesmo com as dificuldades do último trimestre para o mercado de veículos, a LeasePlan, uma das maiores empresas de leasing operacional do mundo, encerrou o ano com crescimento de 26% na carteira de arrendamento no Brasil, com um volume atingindo R$ 370 milhões.

De acordo Vahid Daemi, presidente do Conselho de Administração e CEO mundial da companhia, a expectativa para este ano é de manutenção da carteira e de busca por mais rentabilidade. “Este ano deve ser ainda mais desafiador, mas estamos confiantes que vamos atingir os objetivos”, disse o executivo em visita ao Brasil.
 
Fundada na Holanda em 1963 a LeasePlan atua em mais de 26 países e administra uma frota superior a 1,2 milhão de veículos. No Brasil, a companhia foi constituída em 2001 e conta com mais de 170 clientes corporativos em arrendamento operacional – aquele em que o cliente paga pelo uso do bem, mas a propriedade permanece com a arrendadora, com opção de compra, no fim do contrato, pelo preço de mercado.
 
Ainda de acordo com o CEO, os últimos meses de 2008 foram muito difíceis no Brasil, por conta da queda acentuada no mercado de carros usados, mas já é possível ver uma recuperação. “O mercado brasileiro foi menos atingido do que outros em que a LeasePlan atua e está superando a crise de maneira satisfatória, por conta das políticas responsáveis do governo Lula e das rápidas ações do Banco Central para restaurar a confiança e prover liquidez para o sistema financeiro”, disse.
 
Na visão de Daemi, o país pode ser um dos primeiros a recuperar o crescimento, junto com os emergentes da Ásia. “Passada a crise, o Brasil irá experimentar um período de baixa inflação e baixa taxa de juros, o que é um ambiente muito bom para os negócios da LeasePlan”.
 
Um dos indicadores dessa melhora, segundo ele, é a volta do crédito para financiar as operações da companhia aqui no país. “Por aqui, os spreads para captação ainda estão altos, mas o funding começa a retornar lentamente”, completou Daemi.
 
Outro desafio, cita Daemi, é que no Brasil, a modalidade de leasing operacional ainda não é muito usado por aqui. “Isso é uma oportunidade, já que temos mais espaço para crescer. Por outro lado, o mercado está pouco acostumado com o conceito do leasing operacional”.
 
Com a menor atividade econômica o foco neste ano será a manutenção do mesmo patamar de operações de arrendamento, com a consolidação do atual portfólio, disse Lizete Giuzio, diretora-presidente Leaseplan no Brasil. “A tônica do momento é a rentabilidade em detrimento do volume”, explicou.
 
Outra dificuldade, ressalta Giuzio, é que o mercado de automóveis usados ainda está muito retraído, em parte pelo aumento das vendas de carros zeros depois da redução do Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI), que concentra a atenção dos consumidores, além das ofertas das montadoras. “Esperamos que no segundo semestre, com o fim do IPI reduzido, a venda de usados apresente melhora”, avalia.
 
A executiva também já sentiu um aumento das solicitações para ampliação das frotas por parte das empresas, mas boa parte dessa demanda se deve a redução do apetite de muitos competidores em meio à crise. “Há mais procura, mas o preço ainda é um problema para o crescimento do mercado”, finaliza.
 

Veículo: Valor Econômico