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Maior agência de fomento do Brasil, com ativos totais de R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão nas carteiras de crédito, a CaixaRS, do Rio Grande do Sul, já se prepara para ingressar nos novos segmentos liberados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a começar pela implantação de uma linha de arrendamento mercantil e, depois, com operações de câmbio. Os pedidos de autorização ao Banco Central devem ser encaminhados nos próximos meses, disse ontem o diretor de operações da instituição, Rogério de Wallau.
No total, as linhas do BNDES correspondem a 90% das liberações de crédito da CaixaRS, que trabalha ainda com recursos próprios e da Caixa Econômica Federal, no caso de projetos de saneamento dos municípios. Para 2009 a previsão da instituição é liberar R$ 350 milhões em novos financiamentos, ante R$ 230 milhões em 2008, como consequência da cifra recorde de R$ 670 milhões em operações aprovadas no ano passado.
A indústria é a maior tomadora de empréstimos da agência, com participação de 60% sobre a carteira, seguida do agronegócio, com 20%, e do setor público municipal, com 15%. O restante divide-se entre comércio, serviço e infraestrutura. O valor médio dos financiamentos oscila entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões, mas alguns chegam a cerca de R$ 45 milhões. Criada por lei estadual em 1997, a CaixaRS opera desde 2002 como sucessora da extinta Caixa Econômica Estadual e tem patrimônio líquido de R$ 400 milhões. “Nosso papel é induzir o desenvolvimento do Estado ajudando a modernizar setores tradicionais e atraindo investimentos em novos segmentos”, disse Wallau. Segundo ele, três das quatro usinas de biodiesel do Estado, responsáveis por 24% da produção brasileira, foram financiadas pela CaixaRS. A agência também atuou com força na implantação de projetos nos setores florestal e madeireiro e dos parques tecnológicos da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), em Porto Alegre, e da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo
Veículo: Valor – 03/07/2009