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O índice de inadimplência superior a 90 dias para financiamento de veículos por meio de CDC (Crédito Direto ao Consumidor) fechou o ano em 4,3%, de acordo com os dados divulgados ontem pela Anef (associação das financeiras de montadoras), contra 4,1% em novembro e 3,0% em 2007.
“É um número preocupante, não pelo dado em si, mas pela curva [em relação aos períodos anteriores]”, afirmou Luiz Montenegro, presidente da entidade. Segundo o executivo, há crédito disponível no mercado, mas a concessão está mais rigorosa porque os bancos ficaram mais seletivos após o agravamento da crise.
Os planos máximos de financiamento oferecidos no mercado caíram para 60 meses, contra 84 em dezembro de 2007. Já os médios, ponderação de valores e planos de financiamentos utilizados preferencialmente pelo consumidor, foram reduzidos de 42 para 40 meses.
Considerando apenas os bancos de montadoras, a taxa de juros mensal atingiu 1,80% no último mês do ano passado, o mesmo patamar de novembro (1,82%), mas bem acima da registrada em dezembro de 2007 (1,49%).
O saldo das carteiras de CDC e leasing para aquisição de veículos por pessoas físicas encerrou 2008 com alta de 23,7% ante 2007 (R$ 138,1 bilhões). “Mesmo com os reflexos da crise sentidos no Brasil a partir de setembro, o ano bateu recorde de crédito.”
Veículo: Folha de São Paulo