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Imposto faz captação de fundos ficar negativa

SÃO PAULO – O setor de fundos de investimento apresentou um cenário desfavorável por conta dos impostos no mês de novembro encerrando o período com captação líquida negativa de R$ 599 milhões, sendo R$ 142,7 bilhões de aplicações e R$ 143,3 bilhões em resgates. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O pior desempenho ficou com o fundo classificado como Multimercados, com captação líquida negativa de R$ 3,787 bilhões. O segundo a ficar negativo foi o fundo de Curto Prazo com volume negativo em R$ 1,345 bilhões.
 
Pelo lado positivo, no mês de novembro, o fundo de Previdência encerrou com R$ 2,048 bilhões em captação. O segundo com melhor captação foi o Fundo de Investimento com Direito Creditório (FIDC), com volume financeiro de R$ 910 milhões.
 
A captação de fundos até o 16º dia útil do mês foi positiva em R$ 17,2 bilhões, entretanto, nos últimos 4 dias a mesma foi negativa em R$ 17,8 bilhões, sendo R$ 2,5 bilhões referentes ao come-cotas do dia 30 de novembro.
 
“Chegamos ao fim do ano com uma situação muito diferente da que imaginávamos que iríamos chegar no fim do ano passado. É impressionante concluirmos o ano da forma como o estamos concluindo, com uma captação líquida positiva de R$ 80 bilhões”, afirma Demosthenes Madureira de Pinho Neto, vice-presidente da associação.
 
Em números exatos, o setor de fundos de investimento captou, até novembro de 2009, justos 79,551 bilhões.
 
“Este resultado é algo para ser comemorado e celebrado não só na frente de fundos, mas em todas as frentes do mercado financeiro em geral”, garante Madureira.
 
A melhor rentabilidade ficou com os fundos de Ações. Dentre os tipos de maior representatividade, os que mais se destacaram foram Ações Setoriais Priv. Vale – FGTS, com elevação de 9,09% e Ações Setoriais Priv. Petrobras – Rec Próprios com 9,02%, enquanto o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&F Bovespa), apresentou alta de 8,93%.
 
No ano, o maior retorno é do fundo de Small Caps, registando valorização de 108,55%, no mesmo período o Ibovespa apresentou retorno de 78,55%.
 
Mercado de Capitais
 
O mercado de capitais brasileiro mostrou fortalecimento ao final de 2009. As emissões de dívida e de ações somaram captação de 92,1 bilhões de janeiro a novembro. Deste montante 49,7% são representados pela renda variável. “O mercado de capitais teve um desenvolvimento importante durante o ano. O destaque ficou com a participação meio a meio da renda fixa com a variável”, explica Alberto Jorge Kiraly, vice-presidente da entidade.
 
Do montante captado no ano, R$ 46,320 bilhões ficaram com a renda fixa e R$ 45,750 com a renda variável. Dentro da renda variável, R$ 35,537 bilhões foram dos follow-on e R$ 10,213 bilhões, de ofertas públicas inicias (IPO).
 
Na renda fixa, as duas maiores emissões ficaram com debêntures e notas promissórias, com R$ 19,502 bilhões e R$ 19,160 bilhões, respectivamente.
 
“A debênture foi um dos destaques, com quase R$ 20 bilhões, montante 150% acima dos R$ 9 bilhões de 1998, sem incluir leasing“, acrescenta Kiraly.
 
Ainda existem 10 operações de renda fixa em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na Anbima, de R$ 6,7 bilhões.
 
Os impostos cobrados semestralmente nas cotas dos fundos de investimento prejudicaram o resultado final do setor em novembro. Os fundos encerraram o mês com captação líquida negativa de R$ 599 milhões, sendo R$ 142,7 bilhões de aplicações e R$ 143,3 bilhões em resgates. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
 
O pior desempenho ficou com o fundo classificado como Multimercados, com captação líquida negativa de R$ 3,787 bilhões. O segundo a ficar negativo foi o fundo de Curto Prazo, com volume negativo em R$ 1,345 bilhões.
 
A captação de fundos até o 16º dia útil do mês passado foi positiva em R$ 17,2 bilhões; entretanto, nos últimos 4 dias a mesma foi negativa em R$ 17,8 bilhões, sendo R$ 2,5 bilhões referentes ao Imposto de Renda cobrado no último dia 30 de novembro.
 
“Chegamos ao fim do ano com uma situação muito diferente daquela a que imaginávamos que iríamos chegar no fim do ano passado. É impressionante concluirmos o ano da forma como o estamos concluindo, com uma captação líquida positiva de R$ 80 bilhões”, afirma Demosthenes Madureira de Pinho Neto, vice-presidente da associação.

Veículo: DCI 11/12/2009