Notícias
As empresas de leasing, principais beneficiadas pela medida provisória editada pelo Banco Central que permite as captações via letra de crédito em vez de debêntures, aguardam ainda regulamentação para realizar a troca, que pode baratear custos e dinamizar o mercado.
A medida, que é uma reivindicação antiga do setor, deve ser permanente e não só emergencial, acredita o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Leasing (Abel), Rafael Cardoso. “A letra de arrendamento mercantil é mais ágil e irá baratear os custos operacionais. No entanto, ainda aguardamos uma melhor estruturação e regulamentação para iniciar as operações, o que deverá sair até a próxima semana”, projeta.
Por enquanto, a associação ainda não sabe quanto de emissão de debêntures poderá ser trocada por letra de crédito. “Neste momento, estamos ainda dimensionando os efeitos da crise, não dá para quantificar o benefício que a medida irá nos trazer.” Além disso, diz Cardoso, não se esperava que a medida saísse agora, apesar de ser há muito aguardada. “Antes não tínhamos meios de captação de recursos. Agora os custos operacionais irão se reduzir e, além disso, a emissão de letra de crédito é muito mais ágil que debênture”, explica.
Com isso, acredita ele, o governo continua buscando soluções para resolver os problemas de liquidez que atingem o mundo todo.
A normativa também pode abrir um novo leque de negócios, acredita o presidente. No modelo atual, diz, o financiamento é colocado para investidores institucionais, como bancos e fundos de pensão. “Nesse novo modelo, porém, será possível que um pequeno investidor compre papéis para ofertar ao mercado.”
O presidente da Abel diz ainda que as empresas do setor vinham sofrendo desde março com o aumento nos custos interbancários. “Os custos mais altos estão atingindo ao mercado como um todo. Não há como fugir dessa realidade.”
Medidas
Veículo: DCI Finanças 09/10/08 Estado: SP