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O ano de 2009 começou devagar, quase parado, para a captação de recursos pelas empresas por meio do mercado de capitais. Mas o segundo semestre mostrou forte recuperação e nas duas principais modalidades de títulos mobiliários usados pelas companhias para acessar o mercado – ações e debêntures – o ano será de forte crescimento sobre os números de 2008.
O volume de emissão de debêntures mais que dobrou de tamanho. Até agora foram R$ 19,2 bilhões no ano, contra menos de R$ 10 bilhões em 2008 – esse volume do ano passado exclui as debêntures das empresas de leasing, que eram usadas para captação dos bancos sem recolhimento de compulsório, distorciam o número total e a partir deste ano deixaram de ser feitas.
As emissões de ações cresceram 20,3% até agora, para R$ 45,7 bilhões, sem contar ofertas públicas ainda em andamento. Foram turbinadas pelas megaoperações de Cielo (ex-Visanet) e Santander.
Até junho deste ano, as emissões totais somavam R$ 31,3 bilhões apenas, o que deixa bem clara a recuperação a partir da metade do ano. “Houve uma retomada no segundo semestre. E as reuniões que estamos tendo com as empresas indicam que 2010 continuará no mesmo ritmo”, diz Felipe Claret da Mota, superintendente de registro de valores mobiliários da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Na avaliação de alguns compradores de ativos, as ofertas de títulos de renda fixa poderiam até ter sido maiores. “Faltou papel neste fim de ano. Os potenciais tomadores de recursos aproveitaram pouco o fim de ano. Haveria demanda”, diz Mariano Ceppas Figueiredo, gestor de renda fixa da BRZ Investimentos.
“O potencial do mercado ligado aos ativos imobiliários é gigantesco com a queda da taxa de juros”, avalia Marcelo Michaluá, diretor executivo da RB Capital.