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SÃO PAULO – As emissões de dívida e ações somaram R$ 107,2 bilhões no ano passado, o que representa um crescimento de 4,7% ante 2008. Os dados foram divulgados hoje pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).O percentual de crescimento das captações sobe para 22,9% se excluídas as operações de leasings.
No embate entre renda fixa e renda variável, a primeira leva vantagem, uma vez que suas emissões somaram R$ 60,024 bilhões, ao passo que o mercado de capitais ficou com R$ 47,131 bilhões, ou 35,1% do total.
Das emissões de renda variável, quase R$ 30 bilhões se referem a emissões primárias, representando 63,6% do total de renda variável e 28% do total.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) registrou 24 ofertas até novembro, sendo que dez foram acima de R$ 1 bilhão. Destacou-se o Banco Santander, com R$ 14,1 bilhões. Já Marfrig registrou R$ 1,502 bilhão; CCR, R$ 1,264 bilhão; e Cyrela, R$ 1,183 bilhão.
A participação dos investidores estrangeiros e institucionais nas ofertas brasileiras continua sendo maciça. Enquanto o aplicador de varejo ficou com uma fatia de 8,8% de participação, os investidores institucionais somaram 33,6%, e os estrangeiros, 57,5%. Entre esses investidores, 68% estão nos Estados Unidos, 27,8% na União Europeia e 4,2% em outros países.
Já entre as emissões de renda fixa, o destaque são as emissões com esforços restritos, que representaram 43,7% do total de renda fixa e 24,5% da soma das captações.
O boletim da Anbima também destaca que, no segundo semestre, as empresas acessaram com maior frequência o mercado via emissão de debêntures, com 45 emissões. Para efeito de comparação, no primeiro semestre, as emissões somaram 14. Excluindo as ofertas de leasing, o volume das debêntures de 2009 superou em 186,4% o volume do mesmo período de 2008.
Veículo: Valor OnLine 07/01/2010