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No ano passado , quando a Standard & Poor’s e a Fitch aumentaram o rating do Brasil para o nível investment grade, afirmamos que, apesar de a classificação refletir as melhores condições das contas externas e da economia doméstica, a crise financeira internacional era uma ameaça à estabilidade e não respeitaria fronteiras. Mas o governo brasileiro demonstrou vontade política para criar condições para sair na frente das demais nações afetadas. Assim, o pior foi evitado e o país está saindo da crise mais fortalecido e bem antes das economias desenvolvidas .
Um sinal disso é a decisão da agência Moody’s de dar o grau de investimento ao País, agora em setembro. O analista – chefe de crédito da agência, Mauro Leos, disse em entrevista que as “turbulências deixaram claro quão resiliente é a economia brasileira e evidenciaram a sua capacidade de absorver choques significativos”. Sem exageros, os indicadores macroeconômicos apontam para um poder crescente de reação da economia brasileira. As condições para suportar a aspiração de crescimento sustentável do país, graças à agilidade do governo em operar as boas práticas de política monetária e fiscal, estão dadas. Agora é a hora de se concentrar na expansão dos negócios.
Essa realidade se refletirá certamente na retomada do leasing. Os novos negócios, que vinham crescendo de maneira consistente antes da crise, ainda estão abaixo dos volumes históricos alcançados em 2008. Mas, diante da recuperação da economia, confiamos que retomarão o ciclo dos últimos cinco anos pré-crise, período em que a carteira cresceu 626%. Isso deve acontecer em razão dos esforços do governo para manter o país na rota do crescimento; do grande potencial do mercado interno; dos fundamentos macroeconômicos sólidos; do controle dos níveis de inflação; da elevação dos investimentos produtivos; e do PAC.
Vislumbramos a volta do crescimento do arrendamento mercantil em especial nos setores de máquinas e equipamentos. Nesses segmentos, a operação de leasing é uma poderosa aliada, por proporcionar melhores condições de produtividade e competitividade. Outro fator de otimismo se deve à criação da Letra de Arrendamento Mercantil (LAM), que deve tornar mais ágil a captação de recursos das sociedades arrendadoras. Há ainda algumas características do leasing que o tornam atrativo e contribuem para seu fortalecimento no país: é flexível e ajustável às necessidades do arrendatário; fácil e rápido na contratação; contratos são de longo prazo e o custo final é competitivo; condições tributárias são adequadas; o bem arrendado pode ser adquirido ao final do contrato de arrendamento; fomenta a inovação tecnológica.
Por todas essas razões, prevemos uma forte reação do leasing. Saímos da crise mais fortes, mais competitivos no comércio internacional, com um arcabouço macroeconômico consolidado e um passo além no desenvolvimento das instituições democráticas. Os indicadores internos e a confiança da comunidade financeira internacional são a melhor recompensa para a economia brasileira.
Veículo: Brasil Econômico 10/12/2009