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O mercado de capitais dá indícios de recuperação. Ainda que a janela para emissões envolvendo renda variável permaneça fechada, as operações de renda fixa com prazos mais longos, caso de debêntures, começam a despertar o interesse de investidores.
No acumulado entre janeiro e abril do ano, as emissões dessa modalidade somaram R$ 4, 4 bilhões, uma alta de 141% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados, porém, excluem as operações envolvendo empresas de leasing e bancos, tradicionais emissores dos títulos.
O movimento é indicado pelo último boletim do mercado de capitais, divulgado ontem pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid).
O principal motivo pelo qual as empresas estão emitindo debêntures é a redução de passivo. Cerca de 80% dos volumes captados com as operações teve esse destino. Em segundo lugar, veio o alongamento do perfil das dívidas das companhias. Aproximadamente 13% do montante conseguido com as captações.
Sem IPOs
Embora com alguma recuperação, no conjunto, a performance do mercado de capitais local ainda foi fraca nos quatro primeiros meses do ano. No período, entre operações de renda fixa e variável o País movimentou R$12, 6 bilhões, queda de 60% em relação ao mesmo período de 2008.A queda foi ainda mais expressiva se consideradas apenas as transações envolvendo ações. De acordo com os dados da Anbid, o volume movimentado por elas somou apenas R$ 2,2 bilhões, um recuo de 68,5% em relação aos quatro primeiros meses do ano passado. O mercado acionário resumiu-se, entre janeiro e abril, à operação da Redecard .O Citibank negociou ações que detinha da credenciadora das bandeiras Mastercard e Diners em uma oferta secundária dos papéis. Não houve ofertas públicas iniciais de ações no período (IPO, na sigla em inglês). Não há no radar nada que indique uma retomada. Curiosamente, no entanto, o mercado deve voltar a ser movimentado em breve por uma nova oferta secundária. Ela acontecerá com a retomada do IPO da Visanet.
Veículo: Gazeta Mercantil