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Dasa tem prejuízo de R$ 13 milhões em 2008

A rede de laboratórios Diagnósticos da América (Dasa) fechou o ano de 2008 com prejuízo líquido de R$ 13 milhões ante lucro de R$ 56,6 milhões em 2007. Segundo o presidente da companhia, Marcelo Noll Barboza, esse resultado se deve ao impacto de despesas financeiras da ordem de R$ 98 milhões comleasing de equipamentos feito em dólar, além de “maior nível de despesas com depreciação e amortização de ágio ocasionado pelos investimentos feitos em aquisições e expansão orgânica”.

O prejuízo não assusta Barboza, que destaca que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado do ano atingiu R$ 278,4 milhões, um crescimento de 40,8% contra 2007, com uma margem de 24,5% representando uma expansão de 1,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A boa performance, afirma, é fruto da consolidação de investimentos feitos recentemente em expansão orgânica e aquisições. Isso permitiu que a empresa chegasse a uma receita bruta de R$ 1,23 bilhão, representando um crescimento de 32,9% na comparação com o mesmo período de 2007.
 
A margem bruta da empresa em 2008 cresceu 0,2 ponto percentual, atingindo R$ 441,5 milhões, reflexo, principalmente, “do aumento de volume de pacientes e exames, maior receita por atendimento, obtenção das sinergias das aquisições recentes e maturação das novas unidades”.
 
Investimentos
 
No ano de 2008, a Dasa investiu R$ 148,9 milhões na abertura de “unidades de atendimento, reforma e ampliação de unidades antigas, criação de uma central de relacionamento (call center), laboratórios hospitalares na rede pública e privada, compra de equipamentos de imagem”, entre outros. Ainda assim, a empresa tem uma posição de caixa confortável, de R$ 502,7 milhões, que deve ser utilizado para manter a estratégia da empresa de crescer por aquisições e aberturas de novas unidades. “Além disso, temos uma dívida de longuíssimo prazo”, afirma Barboza. A dívida líquida da Dasa somou R$ 541,7 milhões em 2008. “Do endividamento bruto total, 81,6% estão alocados no longo prazo e cerca de 60,7% são relativos a dívidas tomadas em moeda estrangeira”, informou a empresa em comunicado.
 
De acordo com ele, um dos principais resultados da empresa foi o crescimento de linhas de atuação no mercado. “Tivemos uma expansão de 58,7% no segmento público, 38% no segmento de apoio a laboratórios, 21,9% em ambulatorial e hospitalar e 36,7% nos serviços de imagem”, afirma, ante os resultados de 2007.
 
Apesar da crise, o executivo diz estar otimista com as perspectivas para 2009. “Nos dois primeiros meses do ano, nossas projeções se confirmaram.” Os papéis da empresa fecharam na sexta-feira passada em R$ 23,70, queda de 1,53%.

Veículo: Gazeta Mercantil