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Cosan planeja lançar mais de R$ 1 bi em notas

O mercado de notas promissórias segue aquecido e se mantém como uma das poucas fontes de captação de recursos para empresas brasileiras. Ontem, a Cosan, gigante do setor de açúcar e álcool, anunciou que vai emitir US$ 500 milhões em notas.

A Cosan vai lançar papéis com prazo de um ano. O dinheiro será usado para o pagamento da Esso, comprada pela companhia no início do ano por US$ 826 milhões. A oferta será coordenada pelo Bradesco Banco de Investimento (BBI).

Somente este mês, quatro empresas captaram recursos no mercado por meio da oferta de notas promissórias, com operações de somam R$ 1,2 bilhão. A Vivo Participações lançou R$ 550 milhões. Além dela, a Alupar, do setor elétrico, a fabricante de produtos cerâmicos Eliane e a Concessionária Rodoanel Oeste também emitiram esses papéis.

Ao todo, foram 28 emissões de notas este ano, até ontem, que somam R$ 17 bilhões. No ano passado inteiro, foram R$ 10 bilhões. As emissões de notas promissórias superam, pela primeira vez, as de debêntures. Desconsiderando as emissões gigantescas das empresas de leasing, que não vão a mercado e ficam com os próprios bancos, as empresas captaram até ontem R$ 6,3 bilhões em debêntures, quase um terço do total captado com as notas.

As notas são papéis de curto prazo, com média de 180 dias a um ano. Além disso, a estruturação de um oferta é mais rápida e mais barata do que a de uma emissão de debêntures. Neste momento de maior incerteza, os investidores querem papéis de prazo menor e com maior rentabilidade.

Algumas notas emitidas nos últimos dias chegaram a pagar quase 150% do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), remuneração recorde. Segundo o comunicado da Cosan, a empresa está disposta a pagar rentabilidade de 120% do CDI. O papel será colocado no mercado em regime de garantia firme, ou seja, se não houver comprador, os bancos coordenadores ficam com as notas emitidas.

Veículo: Valor Econômico Índice Geral 31/10/08 Estado: SP