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Para irrigar ainda mais os bancos pequenos e médios, o Banco Central (BC) flexibilizou parte dos compulsórios (parcela que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC) para instituições que comprarem carteiras de parceiros menores.
Essa medida deve liberar até R$ 6 bilhões e vale a partir do dia 17:
O BC ampliou de R$ 2,5 bilhões para R$ 7 bilhões o teto de patrimônio de referência que os bancos têm para vender carteiras de crédito, recebíveis de operações de leasing e debêntures, entre outros.
O desconto da alíquota do compulsório dos grandes bancos que comprarem essas carteiras e papéis sobe de 40% para 70%.
Os bancos interessados poderão comprar direitos creditórios (papéis de créditos a receber) oriundos de operações de leasing; títulos de renda fixa emitidos por empresas privadas não financeiras (como debêntures) que estejam em fundos de investimentos regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM); recebíveis de carteira de Fundos de Investimento em Direito Creditório (FIDC); e cotas de FIDC organizado pelo Fundo Garantidor de Crédito.
A taxa de redesconto (espécie de cheque especial do BC para instituições financeiras), para a venda de linha de crédito pelo BC, foi fixada em Selic (hoje em 13,75% anuais) mais 4% ao ano.
COMPULS??RIOS EM GERAL
Outra medida ampliou de R$ 300 milhões para R$ 1 bilhão a dedução que os bancos podem fazer sobre os compulsórios adicionais dos depósitos a prazo, à vista e poupança. Essa medida vale a partir de ontem e libera R$ 8 bilhões.
O BC ampliou também, de R$ 700 milhões para R$ 2 bilhões, a dedução feita dos compulsórios dos depósitos a prazo. Vai liberar R$ 13,1 bilhões a partir do dia 17.
A instituição que participar dos leilões de dólares com compromisso de recompra em uma determinada data feitos pelo BC no mercado poderá abater o valor negociado no leilão dos compulsórios dos recursos das empresas de leasing que ficam depositados sob sua custódia. O potencial para liberar recursos à economia é de cerca de R$ 20 bilhões.
De maneira mais ampla, o BC anunciou que estará liberando até R$ 100 bilhões em compulsórios, conforme a necessidade do mercado.
O programa prevê a liberação integral dos recolhimentos compulsórios sobre depósitos a prazo, sobre os recursos das empresas de leasing que ficam depositados em bancos e sobre a exigibilidade adicional de depósitos à vista e a prazo. Com as cinco medidas já detalhadas, o potencial de liberação de recursos ao mercado chega a R$ 47,1 bilhões.
Veículo: O Globo O Globo Digital 14/10/08 Estado: RJ