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Bradesco tem o melhor retorno sobre ativos, aponta estudo

O Bradesco é o banco com melhor retorno sobre ativos dentre as 20 maiores instituições financeiras dos Estados Unidos e da América Latina, segundo levantamento realizado pela consultoria Economática.

É a primeira vez, desde o ano 2000, que o Bradesco fica em primeiro lugar, segundo Einar Rivero, autor do estudo. O levantamento considera o ROA (Return on Assets, ou Retorno sobre Ativos, em português), indicador de quão rentável é uma companhia em relação ao total dos seus ativos.
 
O estudo considerou os seis primeiros meses de 2009, em comparação ao mesmo período de outros anos, para evitar o segundo semestre de 2008,
período do auge da crise.
 
Atrás do Bradesco, está o norte-americano Fifth Third Bancorp. Além deste, apenas Goldman Sachs, Bank of America e Citigroup tiveram algum incremento da lucratividade, em relação ao ano passado, dentre os bancos americanos que possuem mais de US$ 100 bilhões em ativos.
 
Sem o impacto da queda abrupta sofrida por bancos estrangeiros, os brasileiros destacaram-se. Itaú Unibanco e Banco do Brasil ficaram em terceiro e quarto lugares. O levantamento considerou o banco Itaú isoladamente, sem o Unibanco, nos anos anteriores a 2009.

O bom resultado dos bancos brasileiros se justifica porque as instituições financeiras do país têm relativamente poucos ativos mas rendem bastante, segundo Luiz Miguel Santacreu, da Austin Rating. “Os bancos brasileiros conseguem, com menos ativos, ter melhor rentabilidade do que muitos grandes do exterior em razão dos juros altos e de muita gordura no “spread” [diferença entre a sua taxa de captação e a cobrada nos empréstimos]”, diz.

O lucro do conglomerado de Itaú e Unibanco, anunciado em 4 de novembro de 2008, porém, não acompanhou o crescimento dos ativos e nem a rentabilidade que o Itaú tinha. “Ainda não deu tempo para que o resultado da operação dos dois bancos juntos crescesse a ponto de justificar o tamanho que eles têm hoje”, observa Santacreu, da Austin Rating.
 
Bancos americanos têm hoje um total de ativos que não condiz com a realidade porque muitos não estão contabilizados a valor de mercado. “Se fosse contabilizar a valor de mercado, o valor dos ativos americanos seria bem menor”, diz Santacreu.

RETOMADA

Depois de registrar quedas por conta da crise, o setor de leasing (arrendamento com opção de compra ao fim do contrato) prevê retomada no segundo semestre. Em julho, o saldo do valor presente da carteira de leasing, de R$ 112,95 bilhões, ficou estável. As operações para máquinas e equipamentos, que perderam espaço com a crise, devem retomar seus níveis anteriores com o reaquecimento da economia, segundo Osmar Pinho, presidente da Abel (Associação Brasileira das Empresas de Leasing).

 

 

Veículo: Folha de São Paulo