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Banco Mercedes supera meta e concessão de crédito cresce 18%

Mesmo com a crise, o Banco Mercedes-Benz conseguiu superar as previsões iniciais e encerrar o ano de 2008 com crescimento de 18% na concessão de empréstimos. As liberações entre janeiro e dezembro somaram R$ 2,6 bilhões em novos negócios, acima dos R$ 2,2 bilhões financiados no ano anterior.

Davilym Dourado / Valor
 
Ribeiro, diretor do banco: fechar 2009 com R$ 2,4 bilhões em concessões
Segundo José Francisco Ribeiro, diretor comercial e de marketing do banco, a meta inicial era fechar o ano com a mesma produção do ano anterior, R$ 2,2 bilhões. Mas o excelente desempenho do primeiro semestre fez com que a instituição subisse a estimativa em mais R$ 300 milhões, também superado.
 
Mesmo com as incertezas do último trimestre do ano, a instituição superou as expectativas e fechou com R$ 2,6 bilhões. Somente no mês de dezembro, foram negociados R$ 213,1 milhões para novos financiamentos.
 
“O Brasil mostrou que não foi tão afetado e governo tem criado condições que isso não ocorra.” Uma das mudanças positivas citadas por Ribeiro é que as grandes empresas, que faturam mais R$ 60 milhões por ano, não precisam mais aportar 20% no ato da compra, podendo financiar.
 
Além disso, explica Ribeiro, foram feitas muitas promoções, reduções de taxas e ampliações de prazos para atender as necessidade das companhias.
 
Com relação aos juros, o banco trabalha com repasse do BNDES nas linhas do Finame, com taxas de 0,79% ao mês. No leasing e no crédito direto ao consumidor (CDC), as taxas são de 1,49% ao mês para empréstimos de até 48 meses para caminhões. Para automóveis, os juros são de 1,1% ao mês.
 
Com o desempenho do ano, a carteira da instituição ultrapassou a marca dos R$ 4,6 bilhões, evolução de 28% com relação a dezembro de 2007 (R$ 3,6 bilhões). O Finame respondeu por 66% e o crédito direto ao consumidor (CDC), 5%.
 
O Mercedes também teve uma surpresa positiva com o início do ano, mais positivo do que Ribeiro imaginava. A expectativa do banco é encerrar 2009 com uma produção de R$ 2,4 bilhões e atingir uma carteira de R$ 5 bilhões.
 
Os investimentos em renovação da frota foi um dos motivos que permitiram à instituição apostar em um ano forte. “Os investimentos devem continuar. O Brasil tem uma frota com idade média de 16 anos e a renovação gera uma economia que traz benefícios para as empresas.”
 
A meta deve elevar a participação do banco no mercado, por conta de uma retração das outras instituições. “Hoje financiamos 30% das vendas das montadoras. Neste ano vamos ter de aumentar de 30% para 40%. Esse é nosso trabalho como banco de montadora. Temos projetos estratégicos para que rede esteja cada vez mais próxima da instituição”.
 
Uma das dificuldades enfrentadas pelos bancos médios, a captação, não chegou a ser problema para o Mercedes durante a crise, já que cerca de 80% do produção é de Finame e Finame Leasing, que contam com repasses do BNDES. “Não temos problemas de limite no BNDES e os 20% temos fontes no mercado e estamos tranqüilo quanto isso”.

Veículo: Valor Econômico