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SÃO PAULO – As emissões de letras financeiras, mais conhecidas como debêntures de bancos, poderão alcançar até R$ 20 bilhões em seu primeiro ano de vigência, de acordo com estimativa do presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Marcelo Giufrida, que divulgou ontem, em evento à imprensa, as perspectivas para o ano de 2010. Na última quarta-feira, o ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que as letras financeiras serão aprovadas na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), prevista para o fim do mês.
Giufrida elogiou a iniciativa e avaliou que o instrumento deve ser usado principalmente por bancos de médio porte, uma vez que as instituições maiores já emitem debêntures por meio das empresas deleasing. O dirigente considera ainda que esse novo título deverá alongar os prazos dos financiamentos.
Na análise do vice-presidente da Anbima, Alfredo Moraes, a primeira emissão de letras financeiras deve acontecer até fevereiro de 2010 e os lançamentos serão intensificados a partir do segundo trimestre. Para Moraes, o apetite do investidor por essa modalidade de títulos será grande.
Historicamente, quase 50% das emissões de debêntures já são feitas por instituições financeiras, via empresas de leasing. Moraes avalia que a nova debênture não competirá com os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), que segundo ele continuarão a ser usados como instrumento de captação de curto prazo. A Anbima aguarda o detalhamento, mas espera que o instrumento possa ser distribuído em oferta públicas.
Veículo: DCI 11/12/2009