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Acordo com Caixa ajuda PanAmericano

Fernando Travaglini e Eduardo Laguna, de São Paulo

Ainda aguardando aprovação por parte do Banco Central para a venda de 36,6% do capital para a Caixa Econômica Federal, o banco PanAmericano já começou a contabilizar os benefícios da união. Além da queda do custo de captação, as instituições trabalham em estratégias para aumentar a rentabilidade, com vendas cruzadas de produtos e serviços.
 
Entre as novidades está a oferta de crédito imobiliário da Caixa, especialmente dentro do programa Minha Casa Minha Vida, nos postos de atendimento do banco do grupo Silvio Santos. Por outro lado, a instituição federal prepara a oferta de leasing para pessoas jurídicas do PanAmericano nas suas agências. “Em março já vamos começar a operar esses produtos”, diz Wilson de Aro, diretor de relações com investidores do PanAmericano.
 
No quarto trimestre do ano, o banco reportou lucro líquido de R$ 55,3 milhões, acima do trimestre anterior (R$ 47,6 milhões) e bem superior ao resultado do quarto trimestre de 2008 (R$ 9,6 milhões). “O início do primeiro semestre foi bastante tumultuado, mas apresentamos resultados crescentes ao longo do ano e 2010 será bem melhor com a retomada em termos dos negócios”, diz Aro.
 
No quarto trimestre, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido anualizado foi de 14,9%, acima dos 11,9% do acumulado do ano, mostrando que na margens os resultados já são melhores. “Em 2010 devemos ficar próximo de 15%.” Nos 12 meses, o lucro líquido foi de R$ 171,5 milhões, 82,1% acima dos R$ 95,575 milhões apurados no ano anterior.
 
No balanço, o Panamericano também reporta um crescimento de 12,4% na carteira de crédito, que alcançou R$ 9,974 bilhões. Desse total, a maior parte corresponde ao financiamento de veículos, que mostrou saldo de R$ 4,483 bilhões (alta de 46,4%). O consignado responde por 21,3% do total e os cartões já equivalem a 10,8% da carteira
 
Em dezembro, a originação de crédito atingiu R$ 878 milhões, bem próximo do recorde do banco, de R$ 958 milhões, em julho de 2008, diz o executivo.
 
No ano passado, a receita da instituição financeira subiu 16,1%, para R$ 3,19 bilhões, enquanto as despesas com provisões para as dívidas de difícil liquidação mostraram alta de 34,7%, para R$ 730,052 milhões. Apesar disso, o resultado operacional ficou em R$ 477,013 milhões, mais do que o dobro em relação aos R$ 225,389 milhões de 2008.
 
O banco também aprovou em assembleia geral ordinária a emissão de uma dívida subordinada de US$ 450 milhões no mercado externo. “Vamos esperar uma janela de oportunidades.”

Veículo: Valor 26/02/2010