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Veículos têm desempenho melhor

As linhas para pessoas físicas começam a voltar ainda de maneira tímida e com taxas elevadas por conta do spread dilatado. A exceção parece ser o financiamento de veículos que, por conta com o apetite dos bancos de montadoras para acelerar as vendas de automóveis, apresenta taxas em queda e prazos alongados.

Savioli, da Acrefi: pico médio da inadimplência em 8,4% para pessoas físicas
Segundo Luiz Montenegro, presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), “houve uma retomada grande da oferta de crédito, mas ainda em patamares diferentes de agosto, antes da crise”.
 
Segundo dados da associação, o saldo das carteiras de CDC leasing para aquisição de veículos por pessoas físicas encerrou 2008 com crescimento de 23,7%, atingindo R$ 138,1 bilhões. Montenegro prefere esperar para fazer previsões para o ano, mas avalia que as promoções e a redução do IPI foram determinantes para a retomada.
 
Ainda de acordo com a Anef, em 2008 houve um aumento de 34% para 36% no percentual de vendas à vista, em parte pelo impacto da crise que reduziu o crédito. O CDC e o leasing respondem juntos por 60%, com 4% para os consórcios.
 
Com relação as outras linhas para pessoas físicas, Adalberto Savioli, presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), afirma que janeiro deve apresentar estabilidade ou ligeiro crescimento, pois o mercado está voltando de maneira tímida. “Começamos a perceber uma retomada lenta. O CDC começa a voltar e nesta época sempre ocorre uma elevação dos empréstimos pessoais por conta das despesas de início de ano”.
 
Por enquanto, as linhas com maior oferta por parte das financeiras, segundo Savioli, são os financiamentos de veículos e aos empréstimos consignados, pois são as modalidades que apresentam maior liquidez para cessão de carteira – hoje a principal fonte de recursos para os bancos pequenos.
 
O grande desafio, no entanto, é controlar a inadimplência. A Acrefi espera um pico de 8,4% nos atrasos acima de 90 dias, em média para pessoas físicas – em dezembro o nível chegou a 8,1%. Nos veículos, a taxa pode chegar a 5% – hoje é de 4,3%.
 
A inadimplência, que historicamente começa a subir em fevereiro ou março, neste ano avançou mais cedo, em outubro. “As empresas de cobrança já estão com campanhas com desconto mais agressivas e o reparcelamento de dívida está mais flexível.”
 

Veículo: Valor Economico